quinta-feira, 17 de abril de 2014

Greve da PMBA. Na Bahia nem tudo é carnaval


Todo trabalhador comum tem direito de fazer greve, isto é fato. A questão é histórica e está associada à discordância que sempre houve entre o capital e o trabalho. Todas as vezes que julgar as condições de trabalho, sejam elas de que forma for (braçal ou intelectual) incoerente ou ‘injusta’ pode, ou melhor, deve fazer reivindicações.

No entanto, existe a necessidade de um intermediador nesse conflito entre as partes envolvidas (Patrão X Empregado). Mas qual deveria ser o papel dos patrões ou governantes frente a essa situação? No caso (dos policiais militares- empregados) caberia ao (governo do Estado- patrão) uma intervenção no conflito de modo que não colocasse em risco a segurança das pessoas, pois mais que jogo de interesse profissional ou político, o que fica em risco são as vidas.

Enquanto o governador, Jaques Wagner, age de acordo com os ideais dele. As corporações policiais que são instituições construídas para fazer a segurança da sociedade, fazendo cumprir as leis e mantendo a ordem pública, acabam por se deixarem alienar por interesses políticos de determinado ‘líder’ revolucionário, a saber, Marcos Prisco- ex militar, hoje presidente da
Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador do PSDB.

A presidente da República, por sua vez, não vai passar o feriado da páscoa na Bahia, como de costume em outros feriados. E assinou o decreto para que as forças armadas atuem em Salvador.

Os policiais militares, não deveriam, mas atuam na sociedade como 'trabalhadores comuns' (E não são) que por quaisquer motivos se acham no direito de paralisarem suas atividades. É difícil entender que, como servidores públicos que deveriam, ou devem garantir o funcionamento do Estado se achem no direito de ameaça-lo.

Exercer o direito de reivindicar melhores condições de trabalho junto aos seus ‘patrões’ é algo garantido pelo sistema democrático, o que não se pode, seja por que motivo for, é negligenciar ao cumprimento do dever para com a população que paga os devidos impostos, os quais mantêm tanto o Estado quanto seus funcionários.

A greve dos policiais militares da Bahia segue como de outras vezes, como uma motivação eleitoral, como afirma o atual governador, mas até quando correremos riscos por tais motivações? Consideremos que esses movimentos não passam de uma rebelião contra o Estado e principalmente, conta o povo, e, é assim que deve ser tratada.

Se Wagner está agindo correto, não podemos afirmar! O fato é que enquanto eles brincam de quem pode mais, ou de quem tem mais força para puxar a corda no cabo de guerra, o povo padece em meio à violência. Pois como acontece sempre que o episódio se repete - A greve dos policiais traz o aumento da violência contra os cidadãos, e mesmo que a mídia seja superficial, os relatos e registros dos atos delituosos, esses não podem esconder por completo.

Os policiais militares devem reivindicar, desde que por meios LEGAIS, melhores condições de trabalho, pois esse é um direito inalienável a todo trabalhador, mas o direito de greve, esse é claramente restrito pela Constituição que
 é clara no item IV do parágrafo terceiro de seu artigo 142- Ao militar são proibidas a sindicalização e a GREVE;



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