"Uma pessoa alegre, esforçada e que vai deixar muita saudade". Assim foi definido, por uma das irmãs, que não quis se identificar, Egnaldo Santos Neris, 32 anos, militar reformado do exército que morreu na manhã de domingo em um acidente de trânsito ,na Avenida Heitor Dias.
O corpo do militar foi sepultado ontem às 16h no Cemitério Campo Santo, na Federação, onde amigos, familiares e vizinhos se despediram com lágrimas, louvor e orações do soldado.
Flávia Soares, 35, amiga de infância, foi prestar sua última homenagem ao amigo e lembrou da alegria contagiante dele. "Ele sempre foi um menino alegre, uma criança grande e uma pessoa muito prestativa que fazia a diferença onde chegava", relatou..
A esposa de Egnaldo, Érica Neris, saiu da maternidade para ir ao velório amparada por uma equipe médica e estava em situação inconssolável. Segundo informações do irmão o bebê recebeu o mesmo nome do irmão, pois essa era a vontade de Egnaldo.
O primo Jairo Nasc, 29, saiu de São Paulo para se despedir do militar às 4h30 e chegou quase na hora do sepultamento. "Quase não foi possível chegar , mas graças a Deus consegui", afirmou o primo que cresceu com o militar.
Egnaldo Neris era casado e tinha dois filhos, uma menina de cinco anos e um menino que nasceu no mesmo dia do acidente. "Ele tinha levado a esposa na maternidade Ticila Balbino, em Baixas de Quintas, para dar a luz ao seu primeiro filho homem, na volta aconteceu a tragédia", contou o tio Francisco João Nascimento.
Segundo Telmo Neris, irmão mais velho, o soldado entrou no exército há oito anos e ficou afastado por um tempo por motivo desconhecido, mas estava em processo de retorno. Ainda de acordo com Telmo, Egnaldo se sentia feliz com a profissão e estava fazendo carreira no exército. "Ele começou como cozinheiro e já estava como sargento, era um exemplo na família", afirmou.
Primos, irmãos e cunhados relembraram que há algum tempo a família não se reunia e que Egnaldo estava marcando um encontro com eles. "Nós não esperávamos que isso acontecesse, a vida nos pegou de surpresa, aconteceu!", disse Telmo.
Acidente
O militar do exército morreu após colidir o carro,um Fiat Brava com o fundo de um ônibus da empresa São Cristovão, na Avenida Heitor Dias, em Vila Laura.
De acordo com familiares, Egnaldo sempre gostou muito de correr e como estava chovendo o acidente acabou acontecendo. "Ele era hiperativo, fazia tudo com euforia, sempre foi assim. Quando menino se mandasse ele comprar o pão e estivesse de bicicleta, ele ia quase voando", contou a vizinha Joelma Vieira.
Para o tio Francisco João, motorista de carros de carga, o acidente se explica pela velocidade que Egnaldo estava junto com a chuva e o local onde ocorreu. "A saída de cima do túnel é complicada, se ele estivesse devagar poderia ter evitado, mas da forma que o carro entrou no fundo do ônibus, ele estava em alta velocidade", disse.
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